Retomada das fábricas anteriormente conhecidas como FAFENs reduz dependência de importações e reforça a segurança alimentar e nutricional no Brasil
A Unigel deu início à produção de amônia e ureia na sua unidade de fertilizantes nitrogenados em Laranjeiras (SE). Com a partida da fábrica, a Unigel passa a operar um ativo com capacidade de produção anual de 650 mil toneladas de ureia, 450 mil toneladas de amônia e 320 mil toneladas de sulfato de amônio, tornando-se o maior produtor nacional de fertilizantes nitrogenados.
A Unigel iniciou o movimento de retomada da produção nacional destes fertilizantes em novembro de 2019, quando foram arrendadas duas fábricas da Petrobras – uma em Laranjeiras (SE), outra em Camaçari (BA) – pelo período de dez anos, prorrogáveis por mais dez anos.
Uma das motivações para o arrendamento foi a oportunidade de ampliar a presença da Unigel no segmento agro, em que o Brasil ocupa posição de destaque global, mas que, em alguns casos, depende quase que exclusivamente de insumos importados.
Em 2020, o Brasil importou 7,1 milhões de toneladas de ureia, de acordo com dados oficiais. Juntas, as fábricas de Laranjeiras (SE) e de Camaçari (BA) poderão produzir até 1,15 milhão de toneladas de ureia por ano, o equivalente a um terço da produção de ureia na América Latina em 2019 (3,43 milhões de toneladas, de acordo com a International Fertilizer Association). Somadas, as fábricas também terão a capacidade de produção de 925 mil toneladas de amônia por ano.
“Além de se tornar uma empresa relevante no agronegócio, a Unigel também dá um importante passo na integração da cadeia de valor ao produzir amônia, matéria-prima fundamental para a produção de acrílicos. Com isso, a empresa deixa de depender da importação desse insumo para abastecer o próprio negócio”, explica Roberto Noronha, presidente da Unigel.
A entrada da Unigel Agro em operação também endereça importantes aspectos de sustentabilidade, trazendo maior segurança alimentar e nutricional no Brasil com a redução da dependência de importações, gerando empregos nas regiões em que as fábricas estão instaladas e podendo reduzir os riscos operacionais e financeiros tanto das empresas misturadoras de fertilizantes – que fabricam os produtos NPK – quanto dos produtores rurais.