Química amiga do planeta
Segundo a lógica do pai da química, Antoine Lavoisier, “na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Mesmo idealizada no século 18, a ideia é bastante atual. E é o que todos esperam da indústria química e da sociedade de consumo.
Congressos ambientais trazem, com mais frequência, a questão do desenvolvimento sustentável sem comprometer as gerações futuras. Na 16ª Edição do Congresso de Atuação Responsável, em São Paulo, a Diretoria da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) afirmou que a indústria química está cada vez mais comprometida em atuar com sustentabilidade, usando menos matéria-prima, reciclando, emitindo menos gases do efeito estufa, entre outras medidas.
Os avanços tecnológicos têm influenciado a vida do cidadão e a ideia da Abiquim é fomentar que as empresas associadas passem pelo processo de auditoria para levantar o que tem sido feito sobre geração e redução de resíduos, emissão de gases do efeito estufa, utilização de produtos não tóxicos.
Mais que uma preocupação ambiental, esses assuntos estão presentes nas fábricas e nas ideias da indústria química do bem.
Sustentabilidade na indústria brasileira tem nome: Química Verde
Reduzir a poluição; extinguir os processos prejudiciais ao meio ambiente e aos seres vivos; reciclar; minimizar o uso de energia e utilizar, preferencialmente, catalisadores antipoluição – que são responsáveis por eliminar substâncias tóxicas prejudiciais ao meio ambiente. Esses são apenas alguns dos muitos desafios do princípio idealizado na década de 1990 pelos químicos Paul Anastas e John Warner. O objetivo é que as tecnologias colaborem com a prevenção da contaminação. Assim, nasceu a QUÍMICA VERDE.
Devido ao cenário de uma biodiversidade rica, o Brasil tem um alto grau de importância nessa questão de preservação ambiental. Outro ponto forte está na nossa geografia, que permite o reaproveitamento integral de biomassas e recursos abundantes, como água, diversidade climática, produtos naturais para biocombustíveis, energia solar e eólica. Por isso, a indústria química brasileira estuda, desenvolve e testa a transformação de diversas matérias-primas, como a cana-de-açúcar, associadas a compostos orgânicos e substâncias químicas para produzir materiais biodegradáveis.