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Eis que um punhado de pequenos grãos de poeira se misturam com alguns gases, gerando uma reação que irá resultar em corpos cada vez maiores… Aparentemente, nada além de um dia comum no laboratório, no entanto, estamos voltando 4,6 bilhões de anos e rememorando a formação do Planeta Terra. Sim, é a beleza da química acontecendo e nos trazendo até aqui!

Como sabemos, após uma grande explosão, conhecida como Big Bang e popularizada pelo físico Stephen Hawking (morto no começo de 2018), ocorrida há cerca de 15 bilhões de anos, toda a matéria que formaria o universo se tornou disponível, digamos, para unir-se e reagir, formando uma profusão de outros corpos que, bilhões de anos depois, viriam a ser os planetas tal qual os conhecemos hoje.

No princípio, a Terra era extremamente quente, equivalente a uma imensa bola de fogo, com aproximadamente 1.500°C, não abrigando nenhuma forma de vida. Passados milhões de anos após a formação do planeta, a Terra entrou em um processo de resfriamento gradativo, com o desprendimento de gases e vapores.

Isso fez com que os gases formassem a primeira atmosfera (composta de metano, amônia e outros compostos) e uma parte desses vapores seria água que, à medida em que se afastava da massa incandescente, resfriava e se transformava em água líquida, precipitando em forma de chuva. Assim, repetindo-se por muitas vezes, a superfície da Terra foi resfriando lentamente e grandes quantidades de água foram se acumulando, o que formou os oceanos primitivos. Essa alteração também originou uma estreita camada de rocha em todo o planeta. Todas essas mudanças duraram aproximadamente 800 milhões de anos.

Atualmente, a atmosfera é formada, principalmente, por nitrogênio (78%) e oxigênio (21%), possuindo uma extensão de até mil quilômetros em relação à superfície. Nessa camada, acontecem reações químicas entre a radiação eletromagnética e os gases em questão, e dessas interações, resulta o calor que realmente alcança a superfície dos continentes, dos mares e oceanos.

O equilíbrio térmico – necessário em toda reação química – também é fornecido pela atmosfera, o que impede que o planeta tenha uma temperatura absurdamente quente durante o dia e um resfriamento acentuado no período da noite. O vapor d’água e os gases estufa, como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2), ozônio (O3), clorofluorcarbonos (CFCs) e hidrofluorcarbonetos (HFCs), são capazes de manter parte do calor irradiado pela superfície na baixa troposfera.

Toda essa história da formação do nosso planeta – pra lá de resumida –, serve para comprovar, mais uma vez, a importância da química em nossa vida. Graças aos elementos químicos se organizando dentro de suas propriedades e se agrupando em suas  afinidades, chegamos aonde chegamos.

É evidente que, aqui, estamos falando de uma química natural, que atua por conta própria, no entanto, foi somente “domando” a matéria, por meio de grandes cientistas, inventores e indústrias químicas,  que a humanidade pode evoluir, sobreviver e prosperar.